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quinta-feira, 7 de março de 2013

1ª professora com Down do país defende inclusão em escola regular

1ª professora  com Down do país defende inclusão


 em escola regular



Débora Seabra, de 31 anos, é professora assistente em Natal (RN).
'A escola regular me fez sentir incluída', diz.


Débora Seabra, de 31 anos, com alunos na Escola Doméstica de Natal (Foto: Arquivo pessoal)
Seja na aula de spinning, de musculação, nas oficinas de teatro ou no trato com as crianças no trabalho como professora, Débora Araújo Seabra de Moura, de 31 anos, prova que a inclusão é possível. Moradora de Natal (RN), ela estudou exclusivamente na rede regular de ensino, e foi a primeira pessoa com síndrome de Down a se formar no magistério, em nível médio, no Brasil, em 2005.
Fez estágio na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e há nove anos trabalha como professora assistente em um colégio particular tradicional de Natal, a Escola Doméstica.
Débora considera que sua vida escolar teve mais experiências positivas. “A escola regular me fez sentir incluída com as outras crianças. Para mim não existe separação. Superei preconceitos, fiz muitas amizades e mostrei para as pessoas o que era a inclusão”, afirma.    
Neste ano, a missão da jovem na Escola Doméstica é ajudar a cuidar e alfabetizar uma sala com 28 crianças de 6 a 7 anos do 1º ano do ensino fundamental. “Eu gosto das crianças. Tenho paciência, só alguns são bagunceiros e a maioria é focado. Se eu sou brava? Não, sou normal, trato eles super bem”, diz.
A professora diz que foi muito bem recebida pelos funcionários, professores e alunos da escola que de vez em quando a questionam sobre as diferenças. “Às vezes as crianças me perguntam: ‘Tia por que você fala assim?’. Aí eu respondo: ‘Minha fala é essa, cada um fala de um jeito, de forma diferente’. Aproveito e explico que tenho síndrome Down e eles entendem."
Desinformação

Há 31 anos quando Débora nasceu pouco se sabia sobre a síndrome de Down. Na época, as crianças que têm olhos amendoados e podem ter habilidade cognitiva comprometida por conta presença do cromossomo 21 eram chamadas de maneira pejorativa de ‘mongoloides’. Receosos, os pais em sua maioria optavam em matricular os filhos nas escolas especiais. Eles achavam de maneira errônea que ao restringir o contato das crianças aos deficientes as chances de adaptação eram maiores.
Contrariando esta tendência, o médico psiquiatra José Robério, de 72 anos, e a advogada Margarida, 71, pais de Débora não imaginaram outra escola para a garota, se não a regular. Foi assim por toda a vida escolar, nem sempre fácil. Ainda na educação infantil, Débora lembra de ter sido chamada de 'mongol' por um garoto. Ela chorou, ficou magoada, mas encontrou na professora uma aliada que explicou à classe que 'mongois' eram os habitantes da Mongólia e ainda ensinou as crianças o que era a síndrome de Down.

professora  com Down
Débora faz palestras dentro e fora do país
(Foto: Arquivo pessoal)
'Amor se sobrepõe'

A mãe relata: "Nunca cogitei uma escola especial porque Débora era uma criança comum. A escola especial era discriminatória e ela precisava de desafios. Não sabia muito bem como seria, mas estava aberta para ajudar minha filha a encarar qualquer coisa". Engajada na causa, em 1983, Margarida fundou a Associação de Síndrome de Down, em Natal, com o objetivo de conscientizar a população e batalhar pelo fim do preconceito.
"Quando eu soube que Débora tinha Down foi como seu eu tivesse virado do avesso. A perspectiva era tenebrosa, não havia informação, mas o amor se sobrepõe a qualquer deficiência", afirma Margarida. "Criamos a Débora desprovida de total preconceito, sempre a tratei igual ao meu filho mais velho [Frederico, advogado, de 33 anos], o assunto nunca foi tabu. Ela é uma moça como qualquer outra, sonha, deseja, tem planos, é descolada e bem aceita em qualquer ambiente."  Fonte: Aki.
Se gostou do meu post, me recomende no G+1.

4 comentários:

  1. Olá!
    Dispensa comentários, merece aplausos,linda lição de vida.
    Cheguei aqui através do Google+, adorei e já estou a te seguir,aproveito para te convidar a conhecer o meu cantinho,espero que goste.
    Felicidades no seu caminhar.

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  2. OLÁ MINHA LINDA!!! VI SEU BLOG NO AGENDA DOS BLOGS E VIM CONHECER. ME INTERESSEI MUITO POR ESSA POSTAGEM POIS TAMBÉM SOU EDUCADORA. FICO MUITO FELIZ EM SABER QUE CADA VEZ MAIS O PRECONCEITO TEM CAIDO E AS BARREIRAS VENCIDAS.

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    BJUUSS

    CRIS

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  3. Oi Denise, estou conhecendo seu trabalho agora
    e encantada com seus post's principalmente este!!
    Que incrível, adorei saber sou estudante de pedagogia e tenho blog sobre educação! Mal cheguei aqui e já sai com informação isso é ótimo!
    já estou te seguindo para acompanhar suas postagens!
    fique a vontade para me visitar tb:
    diariodejardineira.blogspot.com.br
    bjinhos
    e até mais

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  4. Uma bela história de superação, e busca pelos próprios ideais!
    Achei incrível termos aqui neste país tão cheio de coisas banais, uma professora tão Especial quanto a Débora!

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Muito obrigada por deixar seu recadinho...Deus te abençoe!!!!