por Denise Lemos
Fichamento - Capítulo 1 - Equilíbrio
A estrutura oculta de
um quadrado: Quando olhamos um quadrado e em seu interior um círculo, em
posição qualquer, a impressão que temos
é de enxergar as distâncias entre esses objetos. Não conseguimos ver círculo e quadrado separados , pois a relação
de espaço dentro do todo, faz parte do que vemos.
Quando vemos algo vemos o
lugar como um todo, tendo uma
localização no espaço, uma posição na escala de tamanho, claridade ou
distância. A experiência visual é dinâmica, o que uma pessoa ou animal percebe
não é apenas um arranjo de objetos, cores e formas.
Se tivermos uma imagem de
um círculo incompleto, quando vemos qua o parece um círculo está completo ou
apena com uma falha. Os fatores ocultos na estrutura de um quadrado, são forças ocultas. Um padrão
visual consiste de algo mais que formas registradas pela retina.
Que são forças
perceptivas? As força foi admitida
como real em ambos os domínios da existência, isto é, tanto como forças
psicológicas como físicas. O observador vê atrações e repulsões nos padrões
visuais como propriedades genuínas dos próprios objetos percebidos. O artista não precisa preocupar-se por estas forças não estarem no pigmento da tela. A obra de arte é
a imagem que se percebe, não a tinta.
Dois discos num
quadrado: Quando colocamos dois
discos num quadrado não o vemos separadamente e sim simetricamente. Se
posicionarmos um desses discos no “ponto morto” do quadrado (centro) criamos
uma ambiguidade, mesmo a posição dele estando em uma área considerada inativa.
Pois estes possuem um valor e função igual o tempo todo. Entrando assim a
configuração e a localização espacial em contradição. Equilíbrio Psicológico e
Equilíbrio Físico
“Numa obra de arte todos
os elementos devem ser distribuídos de tal modo que resulte um estado de
equilíbrio, deve-se saber como consegui-lo”..
Equilíbrio psicológico
e equilíbrio físico: Para o físico, equilíbrio é estado no qual as forças,
agindo sobre um corpo, compensam-se mutuamente. Algumas pessoas gostam de
equilíbrio outras não. A definição é aplicável para o equilíbrio visual. Como
um corpo físico, cada padrão visual finito tem um fulcro ou centro de
gravidade. Nenhum método de cálculo racional conhecido pode substituir o
sentido intuitivo de equilíbrio do olho.
Por que Equilíbrio? Por que o equilíbrio pictórico é
indispensável? Deve-se lembrar que, tanto visual como fisicamente, o equilíbrio
é o estado de distribuição no qual toda a ação chegou a uma pausa. Numa
composição equilibrada, todos os fatores como configuração, direção e
localização, determina-se mutuamente de tal modo que nenhuma alteração parece
possível, e todo assume o caráter de "necessidade" de todas as
partes.
É apenas aparentemente
paradoxal afirmar que se pode expressar desequilíbrio somente por meio do
equilíbrio, da mesma forma que se pode mostrar desordem pela ordem ou separação
pela ligação.
Peso: Duas
propriedades dos objetos visuais exercem influência particular no equilíbrio:
peso e direção. No mundo de nossos corpos chama-se peso a intensidade da força
gravitacional que atrai os objetos para baixo. Pode-se observar uma atração
semelhante, para baixo, nos objetos pictóricos e escultórico, mas o peso visual
manifesta-se em outras direções também.
Tudo o que se pode dizer é
que o peso é sempre um efeito dinâmico, mas a tensão não necessariamente
orientada ao longo de uma direção dentro do plano pictórico.O peso de um
elemento aumenta em relação a sua distância do centro.
Um outro fator que influencia no peso é a
profundidade espacial. Quanto maior for a profundidade alcançada por uma área
do campo visual, maior será seu peso. O peso também depende do tamanho. Os
outros fatores sendo iguais, o maior objeto será o mais pesado. Quanto à cor, o
vermelho é mais pesado do que o azul, e as cores claras são mais pesadas do que
as escuras. Uma área preta deve ser
maior que uma branca para contrabalançá-la; isto se deve em parte à irradiação
que faz com que uma superfície clara pareça relativamente maior.
Puffer descobriu também
que o interesse intrínseco afeta o peso compositivo. O isolamento favorece o peso. O sol ou a lua
num céu vazio pesa mais do que um objeto de aparência semelhante rodeado por
ouras coisas. A configuração parece influir no peso. A forma regular das
figuras geométricas simples as faz parecerem mais pesadas.
Direção: Já se
percebeu que se consegue equilíbrio quando as forças que constituem um sistema
se compensam mutuamente. Tal compensação depende das três propriedades das
forças: a localização do ponto de aplicação, sua intensidade e direção. Vários
fatores determinam a direção das forças visuais, entre eles à atração exercida
pelo peso dos elementos vizinhos.
A direção da forma pode
ser equilibrada pelo movimento em direção a um centro de atração.
Padrões de equilíbrio: Pode-se obter o equilíbrio visual de maneiras
infinitamente diferentes. O mero número de elementos pode variar de uma figura
simples até uma tela com inúmeras partículas que cobrem o campo inteiro.
Com maior freqüência, um
conjunto de muitas unidades leva em etapas da mais forte mais fraca. Uma
simples figura humana pode ser organizada ao redor de centros de equilíbrio
secundários: no rosto, no colo, nas mãos. O mesmo é válido para a composição
total.
Alto e baixo: A força da gravidade dominando nosso mundo
faz-nos viver no espaço no qual a dinâmica varia com a direção. Levantar
significa sobrepujar a resistência é sempre
uma vitória. Descer ou cair é render-se à atração de baixo, e por isso
experimenta-se a submissão passiva. Conclui-se desta desigualdade de espaço que
diferentes localizações são dinamicamente desiguais.
Um objeto de um certo
tamanho, forma ou cor, visualmente terá mais peso quando colocado mais alto. O
equilíbrio na direção vertical não pode ser conseguido colocando-se objetos
iguais em diferentes alturas. O mais alto deve ser mais leve. Se alguém quiser que as duas metades pareçam
idênticas, deve fazer a parte superior mais curta. Peso suficiente na parte
inferior faz o objeto parecer solidamente arraigado, seguro e estável.
Direita e esquerda: Tanto
o homem como o animal são criaturas suficientemente bilateral para ter
dificuldade na distinção entre esquerda e direita, b de d. Os quadros são
"lidos" da esquerda para a direita, e naturalmente a seqüência muda
quando o quadro se inverte. Qualquer objeto pictórico parece mais pesado no
lado direito do quadro.
Quando dois objetos iguais
são apresentados nas metades esquerda e direita do campo visual, o da direita
parece maior. para que eles pareçam iguais o da esquerda tem que ser aumentado
de tamanho. Quando a cortina sobe no teatro, a tendência da platéia é olhar
para seu lado esquerdo primeiro e identificar-se com os personagens que
aparecem naquele lado.
A visão do lado direito
deve ser mais articulada, o que explica por que os objetos que aparecem ale são
mais visíveis. A atenção aumentada para o que se desenvolve à esquerda compensa
essa assimetria, e o olho se move espontaneamente do lugar que primeiro chamou
a atenção para a área da visão mais articulada.
O equilíbrio e a mente
humana: Percebemos que o peso se distribui desigualmente em padrões visuais
e que esses padrões são penetrados por uma flecha que aponta o
"movimento" da esquerda para a direita. Isto introduz um elemento de
desequilibro, que deve ser compensado se o equilibro deve permanecer. Compreende-se
que o homem procura equilíbrio em todas as fazes de sua existência física e
mental e que esta mesma tendência pode ser observada não apenas em toda a vida
orgânica, mas também nos sistemas físicos,
Olá Denise
ResponderExcluirObrigada pela visita,também estou te seguindo.
Gostei de tudo que vi aqui.
Bjs,tenha um feliz final de semana!
Seu texto está perfeito!
ResponderExcluirO equilíbrio nos direciona sempre para as melhores decisões!
Bjus
http://www.elianedelacerda.com
ResponderExcluirOlá amiga,vim retribuir sua carinhosa visita ao meu cantinho.
Fiquei feliz por seguir-me!!!
Obrigada,volte sempre e pegue o meu selinho de agradecimento!
Beijos Marie.